sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Olfacto



Começa um novo dia, respiro. Estou vivo! Sei que estou vivo. Mas algo mudou, agora sinto que capto essências que outrora passavam despercebidas. Caminho pela rua e sinto que a vida ganhou brilho, cada pessoa com a sua essência. Umas fortes, outras suaves. Umas doces, outras amargas, é como se de certa isso fosse algo que nos identificasse, um simples perfume pode passar uma ideia de quem nós somos, pois cada perfume tem milhares de essências aromáticas que lhe conferem uma dada característica e é essa mesma característica que nós acabamos por passar as pessoas. Hoje senti um perfume diferente de todos os outros que me paralisou, não sabia o que o componha, mas não conseguia deixar de aprecia-lo, era mais forte que eu. Será que se juntarmos a essência das mulheres mais belas de todo o mundo, cada uma com a dose precisa criaríamos um perfume que seria capaz de dominar todos os seres humanos?! Hoje reconheço-a pelo aroma, amanhã não sei, quem me dera puder prender esse aroma que me transporta para outro mundo. Mundo este em que as essências são a base da vida, vida “aromática”, onde um novo perfume leva-nos para outra Era, cada perfume desperta as suas emoções. Que emoções desperta o teu? Doce ou amargo, como será que me sinto hoje? Será que já encontraste a tua fragrância? Ou andas perdido por entre outras?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Um só tempo


Passado, presente e futuro temo a sua proximidade. Falo e falo, sei que o que disse à dois segundos faz parte do passado e ao constatar isso neste preciso momento refiro-me ao presente, e o que farei daqui a três segundos, será no futuro. Ponho-me a pensar sobre a existência desses três tempos, será que existem mesmo? O passado é o presente de outrora, vivenciado noutra altura. O presente é o momento no qual vivo, no qual tudo é momentâneo. O futuro é uma incógnita para nós mesmos, pois nada se sabe quanto a isso. O passado da nas memórias/recordações. O presente da nos momentos, e o futuro quem sabe? Receio vir a saber que só existe o presente, o presente de a dois segundos, o presente de agora, e o presente daqui a um segundo. Sempre e questionei quanto à divisão do tempo, mas nunca soube a resposta. Muitas vezes deixamo-nos acomodar com receio de vir a descobrir algo diferente. Não hesito em questionar os outros, mas hesito em questionar-me a mim, pois não sei se sou capaz de enfrentar essa realidade, já pensaste nisso? O que é o presente, qual será o teu amanhã? Agora sei que as horas passam, mas o tempo não!  

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Amor ou simplesmente paixao

O amor é como um caminho escuro, nunca sabemos onde termina. No inicio andamos firmes como se nada nos podes abalar, sorridentes como se a nossa felicidade conseguisse contagiar os outros, tentamos alegrar todos a nossa volta, por vezes tornando-nos mesmo chatos mas sem essa intenção. Quando a paixão passa e dá lugar ao amor, ai surgem as complicações pois a paixão anda de olhos vendados ao contrario do amor que busca incessantemente o carinho, a ternura como se nunca bastasse, pois o amor “alimentasse” de alegrias e não de ilusões. Todos se apaixonam mas será podem dizer “Eu amo-te”?!, pois isso vem do fundo do coração. O amor é algo que cresce com o tempo, algo que ultrapassa várias adversidades que normalmente antes mesmo de tentarmos já teríamos desistido, mas esse fogo que arde dentro de nós torna-nos determinado. Esse amor deixa-nos de mãos atadas, por vezes parece que estamos destinados a fazer algo mesmo contra nossa vontade, por que o nosso inconsciente quer mas o nosso consciente tens a noção que será mais uma queda, mais uma ferida nesse longo percurso que é o amor. Por que cair tantas vezes? Que o tempo cura tudo, será? As feridas do corpo saram e as do coração, alguém sabe?

Tudo parou


De repente tudo parou, parece que o tempo parou! O que será? Não percebo, o que será?  Silêncio. O que? Silêncio!  Sim essa palavra que todos nós já ouvimos várias vezes, mas nunca tentamos compreender, pois o nosso ambiente sempre foi alegre e festivo. Mas agora calamo-nos, estaremos nós a pensar no que não fizemos e devíamos ter feito? Estaremos simplesmente a usufruir do silêncio, ou a perceber o que ele realmente significa? Parei um, dois, três segundos e cai de uma ravina sem fim onde não vejo, não ouço nada. Estarei eu surdo? Não ouço carros, pessoas é, como se o mundo estivesse mudo. Como se estivéssemos num deserto sozinhos, desesperando por ouvir um único ruído que seja. Até que chega altura em que desistimos de lutar e remetemo-nos ao silêncio que nos consume como se tivéssemos perdido todas as força para resistir. Deixamo-nos levar por algo que nem nós mesmos sabemos o que é. Se puderes fala, grita, comunica aproxima-te dos outros com simples palavras não te deixes cair no silencio! Porquê? Porquê diz-me! Não tens vontade de mostrar a todos que o silêncio é como o tempo? Mata todos os que os seguem silenciosamente. Tic-tac, tic-tac.